Este blog é dedicado aos contadores de histórias as crianças e todos que gostam de ler e sonhar. O hábito da escrita é que faz eternizar a nossa história, Você também pode fazer parte enviando sua história. Quero assim contribuir para o habito da leitura, buscando resgatar o que há de mais valioso, a educação. Ler faz bem à cabeça à alma e conserva o bom humor.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Mãe...
Uma mulher foi renovar a sua carteira de
motorista.
Pediram-lhe para informar qual era a sua
profissão.
Ela hesitou, sem saber bem como
se classificar.
"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
"Claro que tenho um trabalho",
exclamou . "Sou mãe".
"Nós não consideramos
"mãe" um
trabalho.
Vou colocar"Dona de casa", disse o funcionário
friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia
em que me encontrei em situação idêntica.
A pessoa que me
atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona da situação,
perguntou:Qual é a sua ocupação? Não sei o que me fez dizer isto,
as palavras
simplesmente saltaram-me da boca para fora
"Sou Doutora
em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas." A
funcionária fez uma pausa,
a caneta de tinta permanente a apontar
para o
ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti
pausadamente, enfatizando as palavras mais
significativas. Então reparei, maravilhada,
como ela ia
escrevendo, com tinta preta, no questionário
oficial.
Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente? Calmamente, sem qualquer traço de
agitação na voz,
ouvi-me responder: "Desenvolvo um programa a
longo prazo
(qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo
experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa).
Sou responsável por uma equip (minha família), e já
recebi
quatro projetos ( todas meninas). Trabalho em regime
de dedicação
exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de
exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24
horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da
funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou
e,
pessoalmente me abriu a porta. Quando cheguei em casa, com o
título da minha carteira erguido, fui
recebida pela minha equipe:
uma com 13 anos,
outra com 7 e outra com 3 anos. Do andar de
cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis
meses),
testando uma nova tonalidade de voz.
Senti-me
triunfante! Maternidade... que carreira
gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas "Doutora-Sênior
em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".
As
bisavós: "Doutora- Executiva- Sênior".
E as tias: "Doutora -
Assistente".
Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas, companheiras;
DOUTORAS NA ARTE DE FAZER A VIDA MELHOR