quinta-feira, 14 de abril de 2011

O dom da palavra

Certa vez um Sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.

Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o

Sonho.

- Que desgraça, Senhor!, Exclamou o sábio. - Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade!

- Mas que insolente, gritou o Sultão. Como se atreve a dizer tal coisa?!

Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas. Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho.

O outro sábio chegou e disse:

- Senhor, uma grande felicidade vos está reservada! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes!

A fisionomia do Sultão se iluminou e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.

Quando este saía do palácio um cortesão perguntou ao sábio:

- Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega. No entanto, ele levou chicotadas e você, moedas de ouro!

- Lembre-se sempre... Respondeu o sábio, TUDO DEPENDE DA MANEIRA

DE DIZER AS COISAS...

...E esse é um dos grandes desafios da Humanidade.

É daí que vem a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. A verdade deve ser dita sempre, não resta à menor dúvida, mas a forma como ela é dita é que faz a diferença.

(Autor Desconhecido)

Feliz Aniversário, Lua


Uma noite, o ursinho Bino olhou para o céu e pensou, “como seria bom dar um presente de

“Aniversário para a lua”.

Mas Bino não sabia quando era o aniversário da lua, nem o que dar de presente para ela.

Então ele subiu numa árvore bem alta para conversar um pouquinho com a lua.

“Oi, lua!”, ele disse:

Mas a lua não respondeu.

“Talvez eu esteja muito longe”, pensou Bino, “e, por isso, a lua não consiga me ouvir”.

Então Bino atravessou o rio... E andou pela floresta...

Até chegar ao topo das montanhas.

“Agora já estou bem próximo da lua”,

Calculou Bino, e mais uma vez chamou:

“Olá!”

Dessa vez, sua própria voz ecoou pelo vale:

“Olá!”

Bino ficou muito feliz.

“Nossa!”, pensou, “estou conversando com a lua”.

“Diga-me”, perguntou Bino,

“quando é o seu aniversário?”

“Diga-me, quando é o seu aniversário?”, respondeu a lua.

“Ora, por acaso o meu aniversário é amanhã!”, disse Bino.

“Ora, por acaso o meu aniversário é amanhã!”, disse a lua.

“Que presente você gostaria de receber?” perguntou Bino.

“Que presente você gostaria de receber?” perguntou a lua.

Bino pensou por um instante, e então respondeu:

“Eu gostaria de um chapéu”.

“Eu gostaria de um chapéu”, disse a lua.

“Que bom, que bom!”, pensou Bino. “Agora eu sei o presente de aniversário que darei à lua”.

“Adeus”, disse Bino.

“Adeus”, disse a lua.

Ao chegar a casa, Bino retirou todo o dinheiro do seu cofrinho.

Depois foi até a cidade... E comprou um belo chapéu para a lua.

Naquela noite, Bino colocou o presente no alto de uma árvore, onde a lua poderia encontrá-lo.

E ficou esperando enquanto a lua, devagarzinho, se aproximou entre os galhos e

Experimentou o chapéu.

“Viva!”, gritou Bino. “Ficou ótimo!”

Durante a noite, enquanto Bino dormia, o chapéu caiu da árvore.

Pela manhã, Bino o encontrou no chão.

“Então, a lua também me deu um chapéu!”, exclamou Bino. Experimentou o chapéu e viu

Que lhe ficava muito bem.

Mas, de repente, o vento soprou e o chapéu voou de sua cabeça. Bino correu...

Mas o chapéu fugiu.

Naquela noite, o ursinho atravessou o rio... e andou pela floresta... Para conversar com a lua.

Passou um bom tempo e a lua não falou nada.

Bino, então, falou primeiro.

“Olá!”, chamou.

“Olá!”, respondeu a lua.

“Eu perdi o lindo chapéu que você me deu”, disse Bino.

“Eu perdi o lindo chapéu que você me deu” disse a lua.

“Mas não faz mal. Mesmo assim, eu ainda gosto de você!”, disse Bino.

“Mas não faz mal. Mesmo assim, eu ainda gosto de você!”, disse a lua.

“FELIZ ANIVERSÁRIO!”, disse Bino.

“FELIZ ANIVERSÁRIO!”, disse a lua.


Frank Asch

Editora Global

terça-feira, 12 de abril de 2011

A fábula do porco espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:

Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.



Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

E assim sobreviveram.







Moral da História

O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.