Adaptação de Maria R. do Amaral
Tema: Perseverança e Inteligência
Em uma casinha na encosta da montanha, debaixo de umas mangueiras verdejantes, viviam uma família de porcos. A mãe e três porquinhos já crescidos. Eram eles jucá, jíca e jóca. Eram gorduchinhos e comilões. Logo de manhã, pediam comida para a mamãe. E era uma comilança sem fim. Ficavam tão estufados de comer, que deitavam-se de barriga para o ar, roncando, roncando.....
Mas certa vez, decidiram que iriam fazer um longo passeio e que iriam demorar na floresta.
Mamãe tentou persuadi-los a não fazerem tal passeio, porem em vão. Arrumaram suas trouxas com alguma comida e deram com os pés na estrada. A mãe ficou chorando com o lenço a lhes acenar adeus, recomendando cuidado. Eles se foram, prometendo cautela.
Chegando em uma clareira da floresta decidiram construir uma casinha. Um deles construiu logo uma casinha de sapé, com cobertura de palha. Era bonita, porem fraca na sua estrutura. Lá pela metade da noite, ouviram um uivo de estarrecer. Era o lobo da floresta que veio ataca-los. Com alguns sopros apenas, botou a casinha abaixo.
Os porquinhos assustados. Trataram de fazer outra casinha, desta vez com madeira cortada da floresta. Construíram-na com mais segurança e melhor acabamento. Pensando que estariam mais seguros.
Mas que surpresa. Durante a noite o lobo apareceu novamente e como era muito forte, com três assopradas, conseguiu derruba-las também.
Ao irmãos ficaram apavorados. E ainda por cima o lobo, ria-se deles. Que fazer, e como fazer. Lembraram-se da Mamãe que lhes advertira dos perigos que passariam.
Mas como eram valentes e perseverantes resolveram que iriam construir nova casa. Só que desta vez, o porquinho mais pratico, resolveu que a casa teria que ser feita de tijolos e cimento. Construiu uma bela casa, toda de alvenaria, isto é de tijolo, cimento e areia. Mediu tudo muito bem e amassou cimento com areia e água, para fazer liga e construiu com toda segurança a nova casinha.
Fez uma cozinha, uma sala, quarto e banheiro. Uma grande chaminé com lareira e tudo. A casa estava pronta, quando o lobo foi disposto a derruba-la. Eles lá dentro estavam fazendo uma sopa cheirosa para o jantar. O lobo assoprou, assoprou tanto, que ficou com a garganta doendo. Desta vez seu lobo, você se saiu mal. Até que enfim, os irmãos se saíram bem.
Os porquinhos, não mais se preocuparam com o lobo. Faziam as suas refeições, tranqüilos e despreocupados. O lobo que se danasse. Pelo lado de fora, o safado esperava em vão pêlos porquinhos.
Logo de manhã antes mesmo do sol sair, já estavam trabalhando na horta e o pomar que haviam feito. Depois fechavam-se em casa e faziam a comida com tranqüilidade. Eles sabiam que o lobo, só andava pela noite, e por isso não temiam vê-lo durante o dia. Mas mesmo assim era cautelosos.
Havia uma macieira, não muito longe, que estava carregada de frutos. Uma vez Jóca trepou no pé de maçã e estava apanhando frutas para levar em casa. Apareceu repentinamente o danado do lobo.
E disse: agoira eu te paguei. Espero você descer daí e vou te pegar. Jóca que não era bobo nem nada respondeu: Lobo, vamos ver se você pega esta maçã, e jogou-a longe. Enquanto o lobo corria par apegar a fruta, Jóca desceu depressa e correu para casa e trancou a porta. O lobo fora logrado pela inteligência do porquinho.
E a vida social dos irmãos, continuava muito bem. Tomavam seu banho, vestiam-se com primor, passeavam e viviam na sua casinha de alvenaria muito sossegados.
Até no circo de cavalinhos eles foram. Juca, Jíca e Jóca divertiram-se a valer. O lobo que se dane, diziam. Nós não temos medo de lobo nenhum. Estavam isso sim, com saudades da Mamãe. Logo que houver uma oportunidade, vamos visitai-la.
Quem sabe se ela não virá conosco disse Jucá.
Mas o lobo não havia deixado de pensar em comer aqueles porquinhos. Acharei um jeito. Vou estudar uma maneira de surpreende-los. Há! Já sei. Vou subir ao telhado e descer pela chaminé, e uma vez lá dentro..... Há! Eles me pagam.
Pensou e fez. Só que menosprezou a inteligência dos irmãos. Estes esperavam-no com o caldeirão de água fervente em baixo e prontos para o que der e vier.
Não deu outra. O lobo caiu no tacho de água fervendo e daí já se sabe. Ficou cozido no tacho.
"Quem com ferro fere, com ferro será ferido" Não é esse o velho ditado?
No outro dia, lá estava pregado na parede dos fundos da casa dos porquinhos, a pele do lobo. Ele que queria comer os irmãos, ficou sem a pele.
"FIZERAM A PELE DELE"
Música da marcha "A jardineira"
Letra de Maria R. do Amaral
Ho! Três porquinhos
Por que estão tão tristes
Mas o que foi que aconteceu
Foi a casinha que era de barro
O lobo assoprou, e ela desabou
Venha porquinho
Vou lhe ensinar
Pega tijolos, com areia e cimento
Faça a casa bem bonita
Pro lobo não derrubar.
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