sexta-feira, 20 de agosto de 2010

FOLCLORE ( Para crianças e jovens de todas idades )

Palavra de origem Inglesa

FOLCK= POVO

LORE = CIÊNCIA

Logo = Ciência do povo

Comemorado em Agosto no dia 17.

No folclore, entreve-se as raízes de um povo. É o conjunto de tradições, conhecimentos e crenças populares expressas em provérbios, costumes, lendas, festas, canções e danças. etc....

Considera-se fato folclórico toda maneira de sentir, pensar e agir que constitui uma expressão de experiência peculiar de vida de uma coletividade humana integrada numa sociedade civilizada. No Brasil em cada lugar, o povo canta, dança, e contam as suas histórias que remontam de um passado glorioso. Existem os mitos, as lendas, as festas, as músicas e as danças folclóricas.

MITOS E LENDAS

São histórias antigas que o povo conta, mas que não são reais, isto é, não existem verdadeiramente estes personagens. Existem somente como histórias.



SASI

Assim é a sua história: Um negrinho de uma perna só, capuz vermelho na cabeça, e que segundo alguns, usa um cachimbo. Não é maldoso. Só gosta de fazer travessuras, como por exemplo, dar nó no abo dos cavalos. É muito popular em todas as regiões do Brasil, onda o caipira muitas vezes o invoca para encontrar objetos ou animais perdidos.

MÃE DÁGUA OU IARA

Crendice popular de todas as regiões brasileiras.

No sul habita as lagoas tranqüilas, mas atrai os pescadores para seus domínios, Aparece nas águas como uma flor que canta e aos poucos vai-se tornando uma bela moça, que enfeitiça com sua voz e sua beleza.

NEGRINHO DO PASTOREIO

Lenda popular do Rio Grande do Sul. É a estória do pobre negrinho escravo, sacrificado pelo seu malvado senhor, porque não encontrou um petiço, (cavalinho) que se desgarrara da manada. Depois de açoitado, foi abandonado e no dia seguinte achado ao lado de Nossa Senhora que o levou para o céu. É invocado pelos campeiros, para auxilio, na busca de animais perdidos.



A COBRA GRANDE

A lenda do indiozinho que a noite era curumim (criança indígena) e ficava com a mãe. Durante o dia sumia no mato e se transformava em grande cobra. Cresceu como belo moço durante a noite e durante o dia transformava-se em monstruosa serpente. Foi salvo por um seu amigo, que escondido as margens do Tocantins, atacou a serpente com um golpe na cabeça e algumas gotas de leite de mulher, também na cabeça.

O encanto se desfez.

A cobra desapareceu e no seu lugar, surgiu o belo índio, que nunca mais voltou a ser serpente.



O UIRAPURU

Lenda do pássaro da voz mais melodiosa da mata. Conta a história que um belo índio, disputado por todas as jovens da tribo, foi morto por seu rival. Mas como que por encanto, o corpo desapareceu, transformado num pássaro invisível. Desse dia em diante, apaixonadas e saudosas as índias ouviam apenas um canto maravilhoso, povoando de harmonias os ermos da floresta, mas que afastava-se sempre que elas o perseguiam. Era o belo índio que haviam perdido para sempre, encantado no pássaro da voz mais melodiosa da mata. Era o Uirapuru.



COMO SURGIU A NOITE

Outra lenda indígena.

Conta-se que no principio a noite estava escondida no fundo das águas. Era sempre dia.

A filha do cacique, queria se casar, mas como festejar o casamento, iluminando a floresta com fogueiras se o sol brilhava sempre? É só mandar buscar a (noite) no fundo do rio.

O noivo chamou 3 índios e ordenou: Tragam do rio, um caroço de tucumã Tragam com cuidado. Se o abrirem, muita coisa pode acontecer.

Mas a curiosidade foi maior. Derreteram o breu que fechava o coco e tudo escureceu subitamente Soltaram a noite. A festa do casamento foi bonita. Cheia de fogueiras.

Mas lá pelas tantas, a noiva viu a estrela dálva, e resolveu fazer a madrugada. Separou a noite do dia. Depois enrolou uns fios e disse: Serás o pássaro cujubim. Pintou-lhe a cabeça de branco com tabatinaga, as penas de vermelho uruçu e e mandou: Cante sempre ao raiar do dia.

Fez outro novelinho e polvilhou-o com cinzas e ordenou desta vez: Serás o pássaro inambu e cantaras durante a noite. E os 3 desobedientes, ao chegar tiveram o seu castigo. Transformaram-se em macacos, e pior ainda, ficaram com a cara preta, pois o breu derretido sujou os 3 quando abriram o coco de tucomã.

Existem muitas lendas, mas escolhemos estas para contar.



FESTAS, MÚSICA, CANÇA, COSTUMES, PROVÉRBIOS, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ARTESANATO EM DIVERSAS REIÕES BRASILEIRAS



O nosso folclore tem sua origem nas raízes de três raças. O índio, o negro, e o português. Em cada região de nosso imenso país existe uma tradição e por conseguinte, uma maneira de expressão, seja nos costumes ou nas artes. É a ciência do povo, (folclore).

E a "voz do povo, é a voz de Deus".

O nosso pais tem a forma de um grande coração, onde habita um povo generoso. No dizer de Humberto de Campos, o Brasil é o Coração do mundo, Pátria do Evangelho.

Existem inúmeras festas com danças típicas, entre elas a festa do Divino, trazida pelos portugueses.

Caruru a mais antiga e brasileira de todas as danças populares.

Dança de São Gonçalo, também trazida pelos portugueses.



Gongada, bailado dramático, de criação Jesuítica, que aproveitava o gosto que os escravos tinham pela dança, para difundir e propagar os princípios religiosos, afastando os negros de sua prática pagã.
Moçambique, Caípó, Terno de Zabumba, Reisado, Guerreiro, Maracatu.


Mas as festas juninas, trazidas pelos portugueses, alcançaram maior brilho em todo o Brasil.

Festejando Santo Antônio, São João e São Pedro.

Juntamente com as festas juninas, veio o Leilão de prendas.

Em muitas cidades, a festa tem caráter oficial e conta com a colaboração das autoridades municipais. É escolhido por sorteio uma personalidade, de alto conceito na comunidade.





Há um deslumbrante foguetório, atração máxima da festa. No largo da Igreja, ponto da comunicação popular, existem as barraquinhas das prendas que vai desde os frangos assados, doces, frutas, bolos, artigos de artesanatos, até caixinhas de surpresas. O leiloeiro figura central é indispensável, pois diverte os circunstantes com sua arenga pitoresca, entremeada de ditos chistosos, mantendo o maior lucro possível em benefício da Igreja e suas obras de assistência.



TIRANA

Festejada dança do Rio Grande Do Sul. Há grande variedade de Tiranas que se dança com batidas de palmas e de pés, esporas e troca de pares, numa coreografia harmoniosa e vistosa, ao som de violas e acordeões.

VILÃO DO LENÇO

Tipo de dança encontrada em São Paulo e Goivas, originária de Portugal. Vilão, significa,o habitante da vila. É dança de salão, acompanhada de violas, executada em duas fileira de pares que se defrontam, formando um arco, segurando lenços esticados.

CATERETÊ

Também chamada CATIRA, segundo alguns de origem indígena derivada do Tupi (Cateram-etê) Conta-se que o padre Anchieta, teria aproveitado uma dança indígena- o CATERETÊ Para o seu trabalho de catequizar os curumins. Muito apreciada na zona rural...

BUMBA MEU BOI

O Boi- Bumba é um folguedo popular no Norte e Nordeste do ciclo do Natal, mas que também se apresenta no Carnaval. Não tem coreografia própria e a dança se executa de acordo com as circunstâncias, ao ritmo da batucada. A figura central é o Boi de papelão colorido e ricamente vestido conduzido por um folião, ao redor do qual se desenvolve a dança.

INSTRUMENTOS MUSICAIS

De origem Indígena, Africana e Portuguesa. Os instrumentos musicais, principalmente os de percussão e ritmos são confeccionados pelos próprios sertanejos. Notável é o Pife flauta de taquara, de sete furos, que alguns nordestinos manejam com maestria. A viola descende da guitarra portuguesa. Pandeiro Atabaque, Tambor, Tamborim, Zabumba, Ganzá, Cuíca, Agogô, Reco- reco, Berimbau.

ARTESANATO

Em muitas regiões do nordeste. No centro e no Sul, Há confecção de cerâmica utilitária. O que se constitui em uma industria caseira. São as mulheres que colaboram na despesa do lar, ajudando o marido que se ocupa dos trabalhos da lavoura. Usam a técnica primária dos índios, levantando as peças de barro com as mãos, até formar os potes, moringas, vasos e panelas estatuetas que são queimadas no forno. As cerâmicas feitas na roda são as mais perfeitas. Famosas são as cerâmicas de Carrapicho e Traipu, que ocupa toda a população das margens do Rio São Francisco.



MÚSICAS FOLCLÓRICAS

I.

BRASIL, meu Brasil brasileiro,

Meu mulato isoneiro,

Vou cantar-te nos meus versos

II

Não há ó gente ó não luar

Como esse do sertão.

A lua nasce por detrás

Da verde mata

Mais parece um sol de prata

Iluminando o meu sertão

III

E fonte a cantar

Chuá....Chuá.....

E as água a correr

Chuê.....Chuê.......

Parece que alguém

Tão cheio de magoa

Deixar-se quem há

De dizer a saudade

No meio das águas rolando também.

IV

Ole mulhé rendeira

Ole mulhé renda

Tu me ensina a faze renda

Que eu te ensino a namorá.

V

OH! mana deixa eu ir

Ho! mana eu vou só

Ho! Mana deixa eu ir

Para o sertão do Caicó

VI

Ele não sabe que seu dia é hoje

O céu forrado de veludo azul marinho

Veio ver devagarinho

Onde o boi ia dançar

Ele pediu prá não faze muito ruído

Que o santinho distraído

Foi dormir sem se lembrar.

VII

Vou trabalhar lá em Macau

Que tem salinas

A dar com pau

E para lá eu levarei

A moreninha que eu sempre amei.

VIII

Fiz a cama na varanda

Me esqueci do cobertor

Deu o vento na roseira

Mês cuidados me cobriu toda de flor.

IX

Este São Paulo è colosso

Tem cafezais e algodão

Suas Industrias assombram

É a maior da nação.

X

Vou-me embora prenda minha

Tenho muito o que fazer

Tenho que ir para o rodeio

Prenda minha

No campo do bem querer.

XI

Meu limão meu limoeiro

Meu pé de jacarandá

Uma vez tindo lele.

Outra vez tindo lalá.

XII

Negrinho do pastoreio

Acendo esta vela pra ti

E peço que me devolva

A querência que eu perdi

Negrinho do pastoreio

Traz a mim o meu rincão

Eu te ascendo esta velinha

Nela está meu coração

XIII

Minha jangada de vela

Que vento queres levar

De dia é vento de terra

De noite é vento do mar

Minha jangada de vela

Que vento queres levar

De dia é vento de terra

De noite é vento do mar.

XIV

Como pode o peixe vivo

Viver fora de água fria

Como poderei viver

Como poderei viver

Sem a tua sem a tua

Sem a tua companhia.

XV

O que è que a baiana tem

O que é que a baiana tem

Tem saia rendada tem

Tem bata rendada tem

Colares de ouro tem

Pulseiras de ouro tem

Tem graça como ninguém

O que é que a baiana tem.

O que é que a baiana tem

O que é que a baiana tem.

XVI

Cidade Maravilhosa

Cheia de encantos mil

Cidade maravilhosa

Coração do meu Brasil.



PROVERDIOS

Anel de ouro não é para focinho de porco

Pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita

O porco morre na véspera, o homem no dia

Amor é um vento, vai um, vem outro.

Nunca falta um chinelo velho, para um pé inchado.

Nem por muito madrugar, amanhece mais cedo.

Chorar na cama que é lugar quente.

Meio dia, quem não almoça assobia.

Quem não tem cachorro, caça com gato, e quem não tem gato, bota o pé no mato.

Desgraça pouca é bobagem, comida de porco é lavagem. (Minas)

Desgraça pouca é bobagem. (S. Paulo)

Filosofia de vida

Quem ri por último, ri atrasado

Quem cedo madruga, fica com sono o dia inteiro.

Quem tem boca vai ao dentista.

Gato escaldado, morre.

Em boca fechada, não entra comida.

Essa é dedicada aos velhinhos

Os velhos valem pelo que são e não pelo que rendem.

FIM

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